11.14.2012

YVES SAINT LAURENT - BIOGRAFIA

 
 Saint Laurent com um de seus desenhos no início de sua carreira
Foto tirada em Londres pelo fotógrafo Norman Parkinson mostra Nena von Schlebrugge em um modelo da primeira coleção do estilista para a Dior. Vogue 1958
Em 1957, com a morte de Dior, Saint Laurent, aos 21 anos, tornou-se diretor de criação da Maison Dior. Já em sua primeira coleção, apresentou a inovadora “linha trapézio” que, ao contrário da tendência  vigente, não modelava o corpo. Com esse trabalho, ganhou o prestigioso prêmio Neiman Marcus e trouxe Maison Dior novamente aos holofotes. Nesse desfile, foi cumprimentado por Pierre Bergé – já apresentado anteriormente em um jantar –, com quem firmou parceria para o resto da vida.
                                                                
                                            Yves Saint Laurent e Pierre Bergé

Em 1960, a coleção outono-inverno, inspirada no streetwear, não agradou a crítica nem as clientes Dior: tricôs com gola roulé e casacos de couro preto no melhor estilo rocker causaram espanto e controvérsia no mundo da alta costura. No mesmo ano, ele foi convocado pelo exército francês para lutar na Guerra de Independência da Argélia (1954-1962) e, durante o serviço militar, adoeceu gravemente: o jovem costureiro, muito magro, muito alto e muito tímido foi vítima de chacotas e preconceito dos demais soldados e acabou internado em um hospital de campanha, onde morreria se não fosse Pierre Bergé a trazê-lo de volta a Paris .
Na França, por causa da repercussão negativa da coleção, foi demitido da Dior e, em seu lugar, já trabalhava Marc Bohan. Em julho de 1961, associou-se a Pierre Bergé para abrir sua própria maison. O ilustrador Cassandre criou o logotipo da empresa, famoso até hoje e, em dezembro, os salões da Maison Yves Saint Laurent foram abertos oficialmente. Dois meses depois, apresentou a primeira coleção com, segundo a revista Life, “os melhores tailleurs desde Chanel”.

Em 1964, Yves Saint Laurent lançou seu primeiro perfume, Y. Para o anúncio de lançamento de Pour Homme (1971), sua primeira fragrância masculina, o estilista posou nu. Para Opium (1977), a ousadia foi maior: uma grande festa no navio Peking, comandado pelo escritor Truman Capote. O navio foi todo decorado com temática oriental, ao custo de mais de um milhão de dólares, uma opulência jamais vista para promover um perfume. O lançamento de Opium já tinha dado pano para a manga, pois o nome foi acusado de fazer apologia às drogas, com manifestações de associações sino-americanas exigindo desculpas públicas da grife por ter escolhido nome que já havia trazido desgraças para milhares de famílias chinesas. Mas mesmo assim o sucesso foi imediato.
                                                             

Yves Saint Laurent aparece nu no anúncio de Pour Homme (1971). Foto: Jeanloup Sief


Na tentativa de democratizar a moda, em 1966 foi o primeiro estilista a abrir uma boutique de prêt-a-porter fora de sua Maison de alta costura, batizada de Rive Gauche e que teve Catherine Deneuve como a primeira cliente. Em 1983, foi o primeiro estilista vivo a ser homenageado com uma exposição solo no Metropolitan Museum of Art, em New York e, em 2007, condecorado pelo presidente Nicolas Sarkozy com o título de Grand Officier da Ordre National de la Légion d'Honneur. Durante as comemorações dos 40 anos de sua marca, Yves Saint Laurent comunicou seu afastamento da direção criativa e foi viver entre suas casas na Normandia e Marrocos na companhia de Moujik, seu buldogue francês.
                                                                                  

A primeira loja de prêt-a-porter de Yves Saint Laurent

Alguns dias antes de falecer, vítima de tumor cerebral, Yves Saint Laurent e Pierre Bergé assinaram o Pacte Civil de Solidarité (PACS), que na França corresponde a contrato de união civil entre pessoas do mesmo sexo. Apesar de não estarem mais ligados romanticamente desde 1976, em 2008 ainda eram melhores amigos na vida e nos negócios.

 
O último desfile do estilista a frente da marca que criou

Em junho de 2012, o atual diretor criativo da grife, o francês Hedi Slimane, anunciou a alteração do nome da marca, de Yves Saint Laurent para Saint Laurent Paris. A mudança será efetivada quando a primeira coleção de Slimane para a marca, a primavera-verão 2013, chegar às lojas. Resta saber qual será o destino do Y no famoso logo de letras entrelaçadas da marca.
                                                           
Algumas contribuições de Yves Saint Laurent para a moda
Le Smoking (1966): na coleção Pop Art de outono-inverno, lançou o primeiro smoking feminino, sempre presente nos desfiles subsequentes. Tão emblemático, tornou-se, segundo o próprio estilista, a marca registrada da maison.
Le Smoking original, de 1966. Foto: Fundação Yves Saint Laurent / Pierre Bergé
Terninho (1967): derivação do Le Smoking, o icônico terninho risca-de-giz.

Terninho risca-de-giz. Foto: Hutton Deutsche Collection

Moda étnica (1967): com inspiração na arte primitiva e africana, a coleção Africaine e os vestidos Bambara foram a grande novidade da primavera-verão do ano.

Vestido Bambara (1967). Foto: Guegan © L’Officiel


 Moda Safari (1968): surgiu na passarela a coleção Saharienne, inaugurando o safari look.

Veruschka em look saharienne. Foto: Franco Rubartelli



Moda e arte: Yves Saint Laurent familiarizou o público com a arte e promoveu, ao mesmo tempo, o vestido ao status de arte com essa intersecção. Várias de suas coleções prestaram homenagem a diversas formas de arte, como a coleção Mondrian (alta costura, inverno de 1965), eleita pelo New York Times a melhor coleção da temporada; a Opéra-Ballets Russes (alta costura, inverno de 1976), sobre a qual Saint Laurent dizia não saber se foi a melhor, “mas é a mais bela”; a Les Impressionistes (alta costura, verão de 1981); a Les Raisins de la Colére (alta costura, inverno de 1988) e a coleção Luxe Renaissance (alta costura, inverno de 1997) que remete às damas retratadas nos quadros do período renascentista, entre outras.

Tubinho em lã, inspirado em Mondrian. Foto: Peter Knapp/Scoop



Conjunto Van Gogh com blazer bordado por François Lessage. Foto: Claus Ohm







*Biografia Por: Miti Shitara é historiadora e professora de História da Moda da Faculdades Santa Marcelina e FMU.
               Você notaram pelas fotos e datas como  a moda é cíclica? ela sempre volta as vezes com outras faces mas a idéia original é  a mesma, espero que tenham gostado da matéria , eu amei!!





                                                       
                                                               
Beijos,
By Mariana Azevêdo.
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